Origem histórica da festa do rei Momo
*A palavra carnaval
deriva da expressão latina
carne levare, que significa abstenção da carne.
Este termo começou a circular por volta dos séculos XI e XII para designar a véspera da quarta-feira de cinzas, dia em que
se inicia a exigência da abstenção
de carne, ou jejum quaresmal.
Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio carne vale, isto é, adeus carne, ou despedida da carne; esta derivação indicaria que no carnaval o consumo de carne era
considerado lícito pela última vez antes dos dias do jejum quaresmal - outros estudiosos recorrem à expressão carnem levare, suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da
quaresma, ou seja, ao domingo da qüinquagésima, o título de dominica ad carnes levandas; a
expressão haveria sido sucessivamente abreviada para carnes levandas, carne levamen,
carne levale, carneval ou carnaval – um terceiro grupo de etmologistas apela para as origens pagãs do
carnaval: entre os gregos e
romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao
deus Dionísio ou Baco,
préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: de onde
vem a forma carnavale. Segundo o historiador José Carlos Sebe, ao carnaval estão relacionadas
às festas e manifestações populares dos mais diversos povos, tais como o purim, judaico, e as saturnálias e as caecas,
babilônicas, manifestações que contribuíram muito para o carnaval
atual.
A real origem do carnaval
é um tanto obscura. Alguns historiadores assentam sua procedência
sobre as festas populares em honra aos deuses pagãos Baco e Saturno. Em Roma, realizavam-se comemorações em homenagem a Baco (deus de origem grega conhecido como Dionísio e responsável pela fertilidade.
Era também o deus do vinho e da embriaguez).
As famosas bacanais eram festas acompanhadas de
muito vinho e orgias, e também caracterizadas pela alegria descabida,
eliminação da repressão e da censura e liberdade de atitudes críticas e
eróticas. Outros estudiosos afirmam que o carnaval tenha sido, talvez, derivado
das alegres festas do Egito,
que celebravam culto à deusa Isís e
ao deus Osíris, por volta de 2000 a.C.
A Enciclopédia Britânica
afirma: Antigamente o carnaval era realizado a partir da
décima segunda noite e estendia-se até a meia-noite da terça-feira de carnaval.
Outra corrente de pensamento entende que o carnaval teve sua origem em Roma. Enquanto alguns papas lutaram
para acabar com esta festa (Clemente,
séculos IX e XI, e Benedito, século XIII), outros, no entanto, a
patrocinavam. A ligação desta festa com o povo romano tornou-se tão sólida que a Igreja Romana preferiu, ao invés de suspendê-la, dar-lhe uma
característica católica. Ao olharmos para países como Itália, Espanha e França, vemos fortes denominadores comuns do
carnaval em suas culturas. Estes países sofreram grandes influências romanas. O
antigo Rei das Saturnais, o mestre da folia, é sempre morto no final das
antigas festas pagãs. Vale ressaltar que O festival Dionisíaco expõe em seu tema um grande contra-senso,
descrito na The Grolier Multimedia.
Enciclopédia, 1997: A adoração neste festival é chamada de Sparagmos, caracterizada por
orgias, êxtase e fervor ou entusiasmo religioso. No entanto, seu significado é descrito no mesmo parágrafo da seguinte
forma: Deixar de lado a vida animal, a comida dessa carne e a bebida
desse sangue.
A origem do carnaval no Brasil
O primeiro baile de carnaval realizado no Brasil
ocorreu em 22 de janeiro de 1841, na
cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Itália, localizado no antigo
Largo do Rócio, hoje Praça Tiradentes, por iniciativa de seus proprietários,
italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa.
Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o seguiram. Entretanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era
acentuado no país por causa da influência francesa. Ao contrário do que se
imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia, sendo uma herança do
entrudo português e das
mascaradas italianas.
Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de
forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Nessa época, o carnaval
era muito diferente do que temos hoje. Era
conhecido como entrudo, festa violenta, na qual as pessoas guerreavam nas ruas,
atirando água uma nas outras, através de bisnagas, farinha, pós de todos os
tipos, cal, limões, laranjas podres e até mesmo urina. Quando toda esta
selvageria tornou-se mais social, começou então a se usar água perfumada,
vinagre, vinho ou groselha; mas sempre com a intenção de molhar ou sujar os
adversários, ou qualquer passante desavisado. Esta brincadeira perdurou por
longos anos, apesar de todos os protestos. Chegou até mesmo a alcançar o período
da República. Sua morte definitiva só foi decretada com o surgimento de formas
menos hostis e mais civilizadas de brincar, tais como o confete, a serpentina e
o lança-perfume. Foi então que o povo trocou as ruas pelos bailes.
Desfiles das Escolas de Samba
Iniciou-se no começo do século XX com os blocos, mas somente nos anos 60 e 70 é que acontece no carnaval brasileiro a chamada Revolução Plástica, com a
participação da classe média na folia e todos os seus valores estéticos e
estilísticos, que viriam incrementar todo o contexto das escolas de samba. Os
desfiles das escolas de samba são, sem dúvida, o ponto alto do carnaval
brasileiro, turistas vêem de todos os cantos e pagam pequenas fortunas para
assistirem ao desfile. Outras tantas pessoas perdem noites de sono vendo a
festa pela televisão. A competição entre as escolas de samba é ferrenha, e não
raro ocorrem brigas entre seus líderes (leia-se
presidentes) durante a apuração dos resultados, pois os pontos são
disputados um a um, para que, ao final, se saiba quem foi a grande campeã do
carnaval. Um detalhe importante. A oficialização do desfile das escolas
aconteceu em 1935, com a
fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba. Antes desta data, porém, mais
precisamente em 1930, já se via
desfiles nas ruas do Rio de Janeiro.
Curiosidades do carnaval
As armas da festa - Confete - Procedente da Espanha, veio para o Brasil em 1892; Serpentina. De origem
francesa, chega ao país também em 1892;
Lança-perfume - Bisnaga de vidro ou metal (hoje feita de plástico), que continha éter perfumado. De
origem francesa, chegou ao Brasil em
1903.
O rei momo no carnaval carioca
De origem greco-romana, Momo
é a figura mais tradicional do carnaval. Segundo consta a lenda, ele foi
expulso do Olimpo, habitação dos deuses, por causa de sua irreverência. Nas
festas de homenagem ao deus Saturno,
na antiga Roma, o mais belo soldado era escolhido para ser o rei
Momo. No final das comemorações, o eleito era sacrificado a Saturno em seu altar.
O rei Momo foi introduzido no carnaval carioca em 1933. Sua figura era representada
por um boneco de papelão. Em 1949,
no entanto, o boneco de papelão foi substituído por personalidades importantes
da época. Em 1950, esta festa
popular deixou de contar apenas com a representação do rei Momo, surgindo,
então, as rainhas e princesas do carnaval.
Evangelismo ou retiro espiritual? Todavia, a oportunidade de aproveitarmos o
carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso meio. Em meio à pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar
estratégicas adequadas para posicionar-se à estas mudanças dentro da Bíblia, e
não dentro de movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não fatores
externos. Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opinião diferente s a
este respeito de maneira adequada para evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma
oportunidade para pregar. Partindo deste princípio não podemos deixar de
levar o evangelho não importando o momento. “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2)ACF
Assim, devemos lançar mão da sabedoria que temos
recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para a nossa igreja nesse
período tão sombrio que é o carnaval. A igreja jamais pode ser omissa quanto a
esse assunto. O cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão, sabendo que:
Assim devemos lançar mão
da sabedoria que temos recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para
nossa igreja nesse período tão sombrio que é o carnaval.
“Em que noutro tempo
andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que
nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos
fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.2-6)ACF
Bibliografia:
Instituto Cristão de
Pesquisa – (ICP)
Revista Defesa da Fé
Enciclopédia Barsa
Trabalho coligido