quarta-feira, 14 de março de 2012

Cometi um crime ortográfico, e agora?


Não acredito! Minha própria filha me acusou: - Pai! Você escreveu “talves” e não talvez.

Meu mundo caiu.

Onde estaria este cadáver ortográfico, vou defenestra-lo, apagalo-ei, as ocultas trocarei o s pelo z ... não acho,  não sei onde está!

- Fiota, ninguém vai reparar, meus parcos leitores sabem que sou um escritor fracassado e que nunca ganhei um níquel por nenhuma linha. Eles sabem que não sou analfabeto.

-Oh, pai! Mas você é amigo do Beto.

- Claro do Beto Müller, que não sei por onde anda, do Beto Chibim, do Beto Canário que jogou na Caldense, agora o Beto Mansur nem sabe que eu existo.

- Certo, pai! Ocê já enrolou bastante, presta mais atenção, né?!

Se porventura em alguns dos meus escritos e recados estiver lá escrito “talves”, veja, leia e entenda “talvez.”

Peço perdão por este horrendo, e inafiançável mal estar ortográfico que causei.

Grato, filha. Às vezes você é mais homem que seus dois irmãos juntos (que eles não leiam isso)

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