Não acredito! Minha própria filha me acusou: - Pai! Você escreveu
“talves” e não talvez.
Meu mundo caiu.
Onde estaria este cadáver ortográfico, vou defenestra-lo,
apagalo-ei, as ocultas trocarei o s
pelo z ... não acho, não sei onde está!
- Fiota, ninguém vai reparar, meus parcos leitores sabem que
sou um escritor fracassado e que nunca ganhei um níquel por nenhuma linha. Eles
sabem que não sou analfabeto.
-Oh, pai! Mas você é amigo do Beto.
- Claro do Beto Müller, que não sei por onde anda, do Beto
Chibim, do Beto Canário que jogou na Caldense, agora o Beto Mansur nem sabe
que eu existo.
- Certo, pai! Ocê já enrolou bastante, presta mais atenção, né?!
Se porventura em alguns dos meus escritos e recados estiver
lá escrito “talves”, veja, leia e
entenda “talvez.”
Peço perdão por este horrendo, e inafiançável mal estar ortográfico
que causei.
Grato, filha. Às vezes você é mais homem que seus dois
irmãos juntos (que eles não leiam isso)
Nenhum comentário:
Postar um comentário