Antes,
um pouco de história para entender acerca do purgatório.
O
Estado do Vaticano desenvolveu-se com o papa Estevão II, nos anos 741-52, que
instigou Pepino, o Breve e seu exército a conquistar territórios na Itália e
doá-los à Igreja (Carlos Magno, seu pai, confirmou essa doação no ano 774),
elevando o Catolicismo à posição de poder mundial, surgindo o “Santo Império
Romano”, sob a autoridade do Papa-Rei, que durou 1.100 anos.
O
papado que esteve 70 anos em Avinhão na França, voltou a ocupar o Vaticano no
ano 1377, trazidos por Gregório XI. Derramaram muito sangue em guerras políticas
e religiosas até 1806 quando Napoleão aprisionou o Papa Pio VII. Mais tarde,
tentaram reagir, mas Vítor Emanuelli, no ano 1870, derrotou "as tropas do papa"
tornando-se o primeiro Rei da Itália, pondo fim no Santo Império Romano, que de
santo não nada tinha! (Isso se sucedeu no dia 20 de Setembro de
1870).
Os
papas ficaram confinados no Vaticano até 1929, quando Mussolini e Pio XI, no
tratado de Latrão, legalizaram esse Estado religioso que é controlado pela Cúria
Romana e governada por 18 velhos Cardiais que controlam a carreira de bispo e
monsenhores; o papa fica fora dessa pirâmide.
Sem um
sustento legítimo por estarem desacreditados, os papas e a igreja sancionaram o
blefe, canalizando para seus cofres quantias fabulosas, negociando cargos
fabulosos e cardinalatos, posições que valiam fortunas! Além de vender relíquias
e "pedaços da cruz", negociavam o perdão de pecados mediante indulgências e
amedrontam seus fiéis com o fogo do purgatório que criaram, prometendo, no
entanto, aliviar essa situação com missas pagas!
É aí
onde entra o purgatório. Desconhecendo a Bíblia Sagrada e o amor de Deus,
milhões de católicos acabaram aceitando esses expedientes matreiros do
Catolicismo Romano.
O papa
João XXIII, ano 1410, cobrava impostos dos prostíbulos contabilizando-os no
orçamento do Vaticano (não confundir com o João XXIII mais
recente).
O
dominicano João Tétzel tornou-se famoso vendendo um documento oficial que "dava
o direito antecipado de pecar!". Negociava outra indulgência incrível que
estabelecia: "Ainda que tenhas violado Maria, mãe de Deus, descerás para casa
perdoado e certo do paraíso!"
O papa
Leão X ano 1518 continuou o blefe. Necessitando restaurar a igreja de São Pedro
que rachava, usou cofres com dizeres absurdos, tais como: "Ao som de cada moeda
que cai neste cofre uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso!"
(Tayne, Hist. da Literatura Ing. Coroado pela Acad. Francesa e Vol. II, pág. 35,
de O Papa e o Concílio).
O
Purgatório é o nervo exposto da igreja. Não querem que toque! Mas esse dogma, no
dizer do historiador Cesare Cantú, é a "Galinha dos ovos de ouro da Igreja", e o
ex-padre Dr. Humberto Rodhen confirma que, com esse expediente, a Igreja
Católica recolhe por dia em todo o mundo 500 milhões de dólares!
Nos
primeiros séculos da era Cristã, ninguém ia para o purgatório porque não
existia. Foi criado por um decreto papal! Nos países protestantes e nas outras
igrejas cristãs, não há esse perigo. Criaram o purgatório só para almas
católicas!
Com
esse dogma, a Igreja peca duas vezes e cria um problema de consciência para os
padres: primeiro, por oficializar uma inverdade, segundo, por receber dinheiro
em nome dessa inverdade!
O
purgatório tornou-se "comércio espiritual" a partir de 1476, com o Papa Sixto
IV. Assim, a Igreja Católica é a única instituição no mundo que "negocia com as
almas dos homens" (Apocalipse 18.13)
Nunca
informam quando elas deixam o tormento, celebram missas por uma mesma pessoa
falecida, sempre que haja um simplório para pagar! Não há textos bíblicos de
apoio a esse dogma, a não ser uma referência no livro apócrifo de Macabeus, sem
valor.
Os
confessionários, que "devassam os lares", servem para vários fins. Na Espanha e
Portugal, por exemplo, usavam-nos com eficiência para descobrirem e informar as
autoridades o pensamento político dos generais "confessando" suas
esposas!
Conseguem
legados e doações de beatos e viúvas chorosas que, buscando "absolvição", podem
ser aliciados entregando terras, fazendas e propriedades. "A Igreja no Brasil
tem um vultoso patrimônio Imobiliário" (Estado de S. Paulo,
25-2-80).
São
Bernardo, doutor da Igreja, exprimia-se com amargura: "O Clero se diz pastores,
mas o que são é roubadores, não satisfeito com a lã das ovelhas bebem seu
sangue!" (Roma, a Igreja e o Anticristo, Ernesto L. Oliveira,
pág.178).
O
Vaticano é a corte mais suntuosa da Europa, já não se preocupa com migalhas;
aplicam os proventos desse comércio espiritual de tal forma que possuem bancos
próprios, edifícios e fazendas.
Acrescento
mais: muito se fala dos evangélicos que usurpam o povo. Valdomiro e Edir estão
numa briga de foice, com acusações de lavagem de dinheiro e exploração dos fiéis
de ambos os lados. Mas vale lembrar que o império destes dois falsos líderes
ainda é muito ínfimo, quando comparado ao reino que a Igreja Católica tem em
todo o mundo.
Os
escândalos que o joio da igreja evangélica comete acabam maculando os enganos
das falácias da igreja romana contra milhares de católicos no mundo
inteiro.
Trecho
do livro “As
raízes malignas do Catolicismo Romano”, de Francisco de
Aquino