sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Guarda Chuva Espiritual

Um moderno pântano denominacional contamina a paisagem cristã, convertendo o “Corpo” em uma entidade tragicamente dividida com uma tradição que o estrangula. Os defensores do denominacionalismo crêem que este sistema é útil. Em sua opinião, as diferentes denominações representam as distintas partes do Corpo de Cristo. Mas o sistema denominacional é alheio ao NT e incompatível com a unidade cristã. Está baseado em divisões biblicamente injustificáveis (1 Cor. 1-3). Com efeito, o enominacionalismo deriva de uma visão fracionada do Corpo de Cristo. Cada igreja nascida nos primeiros dezessete anos a partir de Pentecostes foi engendrada da igreja de Jerusalém. Mas estas novas igrejas não tinham uma relação formal nem subordinada com Jerusalém. Nesse aspecto, o NT sempre descreve igrejas autônomas (independentes), mas fraternalmente relacionadas. Isto significa que na mente de Deus, cada igreja é uma na vida com todas as demais igrejas. Mas cada igreja é independente, auto governada, e é responsável apenas diante de Deus em suas decisões. Portanto, o conceito de “igreja mãe” que governa a partir de uma sede denominacional é baseada em uma interpretação distorcida da Escritura. Claramente sectária! Nosso Senhor nunca quis que as igrejas locais se agregassem sob uma sede denominacional, sob uma super federação ou associação diocesana. O princípio Escritural afirma que cada igreja é independente em sua supervisão e em sua tomada de decisões. (Considere as palavras de nosso Senhor às sete igrejas da Ásia. Ele trata cada assembléia de acordo com seus problemas peculiares – Ap. 1-3). Este princípio também brota nas epístolas de Paulo. Nelas, o apóstolo trata cada igreja como um organismo autônomo auto governado. De acordo com Paulo, cada igreja é diretamente responsável para com Deus e presta contas diretamente a Ele (Efésios 5:24; Col. 1:9-10). Portanto, é um erro crasso manter igrejas locais vinculadas a um federalismo religioso. O correto é colocar cada igreja sob a mesma Cabeça. Todas elas são uma única vida. Por esta razão, cada igreja deve cooperar com as demais, aprender delas e auxiliar-se mutuamente (Atos 11:28-30; Rom. 15:25-29; 2 Cor. 8:1-14; 1 Tes. 2:14). Esta era a prática das igrejas primitivas (Rom. 16:1; 1 Cor. 16:19; 2 Cor. 13:13; Fil.4:22). Ao mesmo tempo, cada igreja é obrigada a abraçar a tradição que os apóstolos estabeleceram para “cada igreja” (1 Cor. 4:16-17; 7:17; 11:16; 14:33; 16:1; 1 Tes. 2:14). Se uma igreja funciona por conta própria em uma linha meramente individualista no que diz respeito a suas práticas eclesiásticas, isto significará que se separaram do principio Divino. Outro problema oriundo do moderno sistema denominacional é que ele arrebenta aquilo que afirma proteger e preservar. Derruba eficazmente aquilo que pretende edificar! O denominacionalismo Protestante, como as típicas práticas sectárias e tortuosas do Catolicismo Romano, se deteriorou a ponto de converter-se em uma instituição humana que vomita despotismo contra seus dissidentes. Defende solicitamente seus adeptos, enquanto condena os demais por supostas violações doutrinais. É por esta razão que Paulo repreende os cristãos de Corinto contra o partidarismo e as divisões (1 Cor. 1:11-13; 3:3-4). Hoje em dia não é menos escandaloso o ato de violentamente impor à família de Deus a camisa de força do partidarismo denominacional. Incidentalmente, muitas das igrejas chamadas não-denominacionais, inter-denominacionais e pós- denominacionais são tão hierárquicas e sectárias como as grandes e antigas denominações. Estas também pertencem ao “sistema denominacional”. Na verdade é surpreendente a forma como o sistema denominacional realmente perpetua a heresia – aquilo que se propõe refrear. Não é difícil provar que formar uma denominação é cometer uma heresia. O pecado da heresia [Grego: hairesis] consiste em seguir os próprios dogmas. Deste modo, uma pessoa pode ser um herege com respeito à verdade se a usa para fraturar o Corpo de Cristo. As denominações são formadas quando alguns se separam do Corpo de Cristo para seguir suas doutrinas ou práticas favoritas. Trechos do livro “Quem é tua cobertura?” Frank A. Viola

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