quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Jesus era pacifista ou aprovava a pena capital?

O pacifismo total não é ensinado nas Escrituras. De fato, Abraão pelo Deus Todo-Poderoso (Gn 14.19) depois de se meter numa guerra contra a injusta agressão dos reis que tinham capturado o seu sobrinho Ló. Em Lc 3.14, alguns soldados foram até João Batista e lhe perguntaram o que deveriam fazer. João não lhes disse que deveriam deixar o exército. De igual modo, Cornélio, em At 10, era um centurião. Ele foi chamado de uma pessoa piedosa (v 2), e as Escrituras dizem que o Senhor ouviu as orações de Cornélio (v 4). Quando ele se tornou cristão, Pedro não lhe disse que abandonasse o exército. Também, em Lc 22.36,38, Cristo disse que aquele que não tivesse espada deveria vender sua capa e comprar uma. Os apóstolos responderam dizendo que eles tinham duas espadas. Jesus disse então "basta!". Em outras palavras, eles não tiveram de se desfazer de suas espadas. O apóstolo Paulo aceitou a proteção do exército romano para salvar sua vida de agressores injustos (At 23). Com efeito, ele lembrou aos cristãos de Roma que Deus dera a espada à autoridade, e que não é sem motivo que ela o traz (Rm 13. 1,4). Quando o Senhor Jesus retornar à terra, ele virá com os exércitos do céu e guerreará contra os reis da terra (Ap 19.11,19). Assim, do começo ao fim a Bíblia está cheia de exemplos de justificação da guerra contra agressores maus. O que, então, será que Jesus queria dizer quando mandou Pedro embainhasse sua espada? Pedro estava cometendo dois erros ao usar a espada. Primeiro, embora a Bíblia permita o uso da espada pelo governo para propósitos civis (Rm 13. 1,4), ela não endossa seu uso para finalidades espirituais. A espada é para ser usada pelo Estado, não pela Igreja. Segundo, Pedro foi agressivo ao usa-la, não meramente defensivo. A sua vida não estava sendo ameaçada de modo injusto. Ou seja, não foi, de certo, um ato de auto-defesa (Ex 22.2). Jesus parece ter endossado o uso civil da espada em defesa própria (Lc 22.36), como o fez o apóstolo Paulo (At 23). De igual forma, a pena capital não proibida nas Escrituras; pelo contrário, ela foi estabelecida por Deus. Gn 9.6 afirma que quem derramar o sangue de alguém terá o seu sangue também derramado. Nm 35.31 faz uma afirmação semelhante. No Nt, Jesus reconheceu que Roma tinha autoridade máxima e submeteu-se a ela (Jo 19.11). O apóstolo Paulo informou aos crentes de Roma que as autoridades que governam são ministros de Deus e que elas possuem a espada da autoridade capital dada por Deus (Rm 13.1,4). Assim Jesus de forma alguma proibiu o uso da espada por autoridades civis. Ele simplesmente observou que aqueles que vivem de modo agressivo, com frequência morrem da mesma maneira. Coligido - Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia pags. 369 e 370

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