quarta-feira, 28 de março de 2012

Estudo Dom de Línguas


Extraído do livro !Falo mais línguas do que todos vós? 1 Co 14:18

Definição termos
Línguas = glossolalia (língua ! idioma)

Primeiro Evento Bíblico tratando das Línguas
Gênesis 11:7-9 (Torre de Babel)
Línguas como sinal de julgamento.

Isaías 28:11-13
Línguas para o Povo de Deus (Judeus)

Fogo = Condenação/ Julgamento/ purificação ( Isaías 66:15-16 e Zacarias 13:9)
Deus usa o fogo para condenação e purificação (Gênesis 19:24 e Jeremias 6:9)
Aparece 365 vezes no V.T. e 76 vezes no N.T.
Nota: mesmo quando é usado como purificação há sempre o aspecto de julgamento envolvido.

Usando o princípio da Hermenêutica !Lei da Primeira referência?, definindo que o sentido simbólico da Bíblia é constantemente o de sua primeira ocorrência, podendo haver outros, sem entretanto perder-se o primeiro significado.

Vemos o uso das línguas como julgamento em Gênesis 11:7-9. Em Atos 2:3 vemos línguas como que de fogo repartidas sobre cada um dos discípulos.
Notemos a menção feita nos quatro evangelhos a respeito do Batismo com o Espírito Santo:

Mateus 3:11 ! ? ...vos batizará com o Espírito Santo e com fogo..." (Mt 3:7 fariseus e saduceus)
Marcos 1:8 !...vos batizará com o Espírito Santo..."
Lucas 3:16 ! ...vos batizará com o Espírito Santo e com fogo..." (ler versos 7-8-9)
João 1:33 !...esse é o que batiza com o Espírito Santo..."

Somente em Mateus e Lucas encontramos o termo !Espírito Santo e fogo?, onde na ocasião os Fariseus vieram ao batismo realizado por João Batista. Existe então uma clara distinção entre o batismo com !Espírito Santo? e o batismo !com fogo?. O primeiro é ligado ao depósito celestial e o segundo ao fogo inextinguível (Mateus 3:12 e Lucas 3:17). Podemos confirmar essa posição em Atos 1:5 e 11:16.
O Batismo !com fogo? está em oposição ao do Espírito Santo que é sinônimo de condenação/julgamento.

Dois reinos das Línguas
De acordo com a interpretação dada atualmente aos textos concernentes ao dom de línguas, existem dois tipos:
As línguas inteligíveis ( Atos 2)
As línguas ininteligíveis ( I Cor 14)

Entretanto, o vocabulário empregado por Lucas em Atos é o mesmo que Paulo usou em sua carta aos Coríntios. E Lucas além de familiarizado com as cartas de Paulo, foi seu companheiro de viagens, estando familiarizado com seu vocabulário, ao ponto de caso fosse necessário empregar outro termo afim de eliminar possível confusão, o que não ocorre no texto.
Aceitando a infalibilidade das Escrituras, não podemos aceitar o fato da Bíblia se contradizer.
O que então Paulo quis dizer em I Cor 14:2 quando diz !...em língua desconhecida? !
Examinemos em detalhes o dia de Pentecostes. O Pentecostes era uma festa celebrada ao 50º dia partindo da oferta de molho de cevada até o início da Páscoa.
Era proclamada como uma Santa Convocação, onde todo o homem israelita era obrigado a fazer-se presente no Santuário (Levíticos 23:16 e 21). Conforme Atos 2, o Espírito Santo colocou sobre cada discípulo língua de Fogo (julgamento), onde começaram a falar na linguagem nativa das diferentes pessoas presentes. Muitos países, pessoas e línguas são citados. E cada um entendeu, em sua linguagem de origem.

O falar era sobrenatural, porém o entender era natural.
Agora, supondo que houvessem alguns cristãos de Corinto presentes, cada um com um !Gravador? onde gravariam, separadamente, o que estava sendo dito e entendido, e retornassem a Corinto, tocando o que gravaram. Conclusão ?...ninguém o entende..." ( I Cor 14:2). Obviamente ninguém em Corinto entenderia. E o mesmo ocorreria se tocássemos as fitas em nossa Igreja.
Agora, se a Igreja de Corinto fosse !transportada? até Jerusalém no dia de Pentecostes, eles entenderiam seu idioma (Grego) e somente isso, não as demais línguas faladas. E se o Espírito Santo resolvesse não incluir o grego, eles absolutamente nada entenderiam, não por se tratar de uma linguagem sobrenatural, mas simplesmente por não ser o grego.
A idéia de uma linguagem sobrenatural é estranha ao texto Grego.
Através de Sua Palavra, anjos, profetas, ou mesmo uma jumenta (Num 22:28) Deus sempre fala claramente.
Como posso acreditar que esse Deus que fez uma jumenta falar claramente pode fazer o homem, criado a sua Imagem e Semelhança, falar pior que a jumenta?
Na ocasião, haviam dois grupos de Judeus no dia de Pentecostes:
Os que visitavam Jerusalém (Atos 2:9-11)
Os nativos de Jerusalém e Judéia (Atos 2:13)
O segundo grupo de Judeus poderiam falar sobre o !Dom de Línguas? exatamente o que Paulo disse em I Cor 14:2 ! ... porque ninguém o entende...", de modo que os Apóstolos foram taxados de !Bêbados?.

Falando a Deus
O dom de línguas não se trata de Deus falando aos homens, mas sim dos homens falando a Deus. Olhando novamente o dia de Pentecostes não vemos a pregação do Evangelho em outras línguas, mas sim !... falar das grandezas de Deus. ! (Atos 2:11).
Essa adoração a Deus tomou emprestada as línguas dos povos pagãos, as línguas de onde os Judeus vieram, e por certo as entendiam. Em outras palavras, o louvor retornou ao Céu após um mergulho no oceano das línguas pagãs.
Isso certamente chocou os Judeus que vieram a Jerusalém, que acreditavam que sua língua, a língua do povo escolhido por Deus, era a única língua que o Senhor Deus entenderia. Mas através do Dom de línguas, Deus mostra sua acepção em relação aos demais povos, mostrando que agora !...os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo Evangelho. ?
(Ef 3:6).
No dia de Pentecostes houve:

  • maravilha para alguns: judeus e gentios convertidos. Naturalmente o Pentecostes prendeu a atenção da multidão, para o que se seguiria, a pregação de Pedro (não em línguas, mas numa única língua (idioma), que os trouxe ao arrependimento e a fé.
  • julgamento para outros: judeus incrédulos, enfurecidos e com ciúmes por saber que o Deus de Israel agora era também o Deus de todos povos, línguas e nações.

Em espírito fala Mistérios
O que Paulo quis dizer quando escreveu aos Coríntios !...e em Espírito fala mistérios? !.
Estava referindo-se a algo compreensível somente a Deus? Ou algo que ainda não fora revelado?
O sentido do termo mistérios ( mysterion ) no grego clássico é !qualquer coisa oculta ou secreta? e era empregado no plural (ta mysteria) para referir-se aos ritos sagrados das religiões gregas místicas.
Mas no Novo Testamento, mistério significa um segredo que está sendo ou mesmo que foi revelado, que é também divino em seu escopo e que só pode ser revelado por Deus aos homens através de seu Espírito.
Assim sendo, o termo é bem próximo quanto ao sentido do vocábulo neo-testamentário !revelação?.
Mistério é um segredo temporário, o qual revelado uma vez é conhecido e compreendido ! não é mais um segredo.
Na teologia Paulina, os mistérios possuem quatro aspectos:

  • É eterno, visto que se relaciona com o plano divino da Salvação. O !mistério? são as boas novas que formam o conteúdo da revelação de Deus (Ef 6:19); é o mistério do próprio Deus, cujo o foco é Cristo (Col 2:2). Como tal está contido dentro dos eternos conselhos de Deus e ocultos N?ele ( Ef 3:9) decretado desde a eternidade ( I Cor 2:7)
  • É histórico em seu anúncio. Esse mistério é também o ! mistério de Cristo? anunciado historicamente, definitivamente por Deus na pessoa do próprio Cristo (Ef 1:9) quando a plenitude do tempo chegara (Gal 4:4. É precisamente esse ministério centralizado e declarado na pessoa do Senhor Jesus Cristo, mediante cuja a morte Deus nos reconcilia consigo mesmo ( 2 Cor 5:18 e I Cor 2:2) que Paulo foi comissionado a proclamar (Ef 3:8). O Caráter particular dos !mistérios? do qual Paulo foi encarregado de anunciar, e que na Epístola de Efésios ele se preocupa principalmente em esboçar - a nova Esperança e assim a nova vida em Cristo, disponível para Judeus e gentios igualmente (Ef 3:8 e Col 1:27) onde conteúdo do mistério é qualificado como !Cristo em vós, a esperança da Glória?.
  • É espiritual em sua percepção. Já tivemos ocasião de verificar nos evangelhos, que o mistério do Reino só pode ser percebido espiritualmente ( I Cor 2:14) Paulo retém essa idéia quando reputa o ministério de Cristo (cujo foco é particularmente !os Gentios são co-herdeiros?) conforme revelados aos apóstolos e profetas pelo Espírito (Ef 3:5). Desta maneira, devemos entender o termo conforme é derivativamente empregado por Paulo em conexão com o matrimônio cristão (Ef 5:32) e com !o mistério da iniqüidade...o iníquo?. (2 Ts 2:7-8). A significação divina desses mistérios é aprendida por uma conjunção de revelação e de compreensão espiritual (Apoc. 17:3-7).
  • É escatológico em seu resultado. O mistério que foi revelado dentro do tempo ainda aguarda sua consumação e cumprimento divinos na eternidade, nesse sentido o vocábulo em Apocalipse 10:7. Tal mistério, mesmo quando revelado, nos avassala ainda com a profundidade de nada menos que a sabedoria e conhecimento do próprio Deus (Col 2:2);
O Sinal e seu Propósito
Devemos agora voltar a questão: Certamente o Dom de línguas era um sinal, mas para quem?
De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis..." ( I Cor 14:22)
Este sinal não é para os fiéis. Naturalmente se o fosse, Paulo teria encorajado seu uso na Igreja, mas ao contrário, ele desencoraja seu uso ( I Cor 14:19). E Paulo preferia proferir cinco palavras em sua inteligência a dez mil e língua desconhecida.
O final do trecho citado diz !...mas para os infiéis...", onde a resposta está nos versos anteriores, onde Paulo exorta-nos a sermos ! adultos no entendimento ? e cita Isaías 28: 11 a 13
Nota: este é o grande perigo de saber as escrituras por textos fora do contexto ou por experiências.
?Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo..." (I Cor 14:21). Mas sobre qual povo ele está se referindo? Os judeus. Era um sinal para os judeus, especialmente os descrentes. Isto porque os Judeus não queriam acreditar na salvação dos Pagãos (pessoas de outras línguas) e que se opunham com todo seu poder. Paulo escreveu a eles !...e nos impedem de pregar aos gentios as palavras de salvação...." (I Ts 2:16).
Poderíamos ver Jonas como alguém que detestava !as línguas? (os ninivitas), ao ponto de desobedecer a Deus. Ele fugiu para Társis para não pregar a salvação a eles. Ele discutiu com Deus. Preferia ver a imensa metrópole perecer do que ser salva. Para ele, o Senhor era o Deus de Israel e de ninguém mais. Em seu rancor ele foi para longe para clamar pela sua morte. Se os ninivitas vivessem, Jonas queria morrer. Ele repreende a Deus pela salvação dos homens de cada tribo e nação. Seu espírito de resistência e descrença cresceu ao longo dos séculos.
Eles (os Judeus) pertenciam a Jeová e Jeová pertencia a eles. O círculo estava fechado e quem estava de fora era maldito.
Qualquer tentativa de irmandade ou tolerância causava violentas reações, morte para as odiadas !línguas? e quem as falava. (Vide Atos 21-17-40).
Jesus suscitou a ira dos Judeus ao lembrar que no tempo de Elias havia muitas viúvas em Israel !E a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o sírio. !. Aos olhos dos Judeus isso era suficiente. Ele (Jesus) mereceu ser morto.
Notemos o preconceito dos Judeus quando Jesus não foi recebido em uma aldeia dos Samaritanos, que não o receberam:
?E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?? (Luc 9:54)
E Jesus os repreende dizendo !... Vós não sabeis de que espírito sois. ? (Luc 9:55).
Mais tarde, após terem recebido o Espírito Santo, esses Judeus crentes retornaram aos Samaritanos orando aos céus não para batizá-los com fogo, mas com o mesmo Espírito que receberam (At 8:14-15).
Vemos também a ira dos judeus quando Paulo anunciou que foi enviado a pregar para os gentios (Atos 22:21-22). Não comeriam, nem beberiam (Atos 23:12) enquanto não matassem o apóstolo que falou na língua dos gentios mais que qualquer outro.
Até mesmo Pedro precisou justificar-se perante a Igreja por ter pregado a Cornélio, onde ele expôs a visão que o Senhor lhe deu, anunciando a abertura da Salvação para os Gentios (Atos 11).
Concluindo esse trecho onde o propósito do Dom de Línguas está explícito em Atos, onde Pedro menciona o profeta Joel !...derramarei meu Espírito sobre toda a carne...e todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Atos 2:17-21).
O propósito? Dizer aos teimosos Judeus que o Evangelho estava disponível a todas as pessoas do mundo. Paulo conclui !...de fato as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas sim infiéis." (I Cor 14:22). Através do Espírito Santo, Paulo deu com exatidão, a identidade desses !infiéis?, chamado-os de Judeus ?...por gente de outros línguas e por outros lábios falarei a esse povo..." (I Cor 14:21).

A Serpente de Bronze
Moisés fez a Serpente de Bronze de acordo com a ordem de Deus, que foi um meio de salvação para milhares de pessoas (Números 21:9). Isto foi um presente divino, o Poder da Palavra de Deus para salvação daqueles que cressem em Sua Palavra. O Senhor Jesus Cristo usou essa imagem em sua famosa conversa com Nicodemos, quando fez um paralelo entre sua Pessoa e a serpente ! E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado." (João 3:14).
Os israelitas mantiveram a Serpente de Bronze por séculos. Olhemos II Reis 18:4, para vemos o que o reis Ezequias fez !Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã." Tornou-se uma pedra de tropeço para Israel. Era exatamente a mesma Serpente do tempo de Moisés, não uma réplica. Agora os Israelitas queimavam incensos à serpente que estavam reservados somente a Deus. Provavelmente quem reprovava a adoração a serpente, ouvia de seus partidários (da Serpente) as provas históricas e bíblicas, sem mencionar a experiência, para tal prática, sob pretexto de adoração a Deus. A propósito, foi Deus que disse para os Israelitas olharem para a Serpente, que é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hebreus 13:8).
Atualmente, existem certas práticas espirituais que podem ser comparadas a ?relíquias? que são abominação aos olhos do Senhor . Para muitos, o Dom de Línguas é como uma relíquia que deve ser defendida de todas maneiras, pois afinal, foi Deus quem deu....mas foi Deus também que deu a Serpente de Bronze por uma razão específica por um período específico. Além de que coisas obsoletas, como um remédio vencido tornam-se perigosas após expirar o prazo de validade. Saúde transforma-se em Infecção. Foi justamente o que ocorreu com a serpente de bronze. A vida espiritual dos israelitas foi infectada. Quando foi removida pelo rei Ezequias, muitos pensaram que sua vida espiritual acabaria, visto não haver mais nada tangível. O mesmo ocorre com o dom de línguas, onde pessoas que se baseiam em experiências externas não as tiverem, entrarão em colapso. Não podem prosseguir sem.

  • uma vez fora da palavra de Deus, satanás pode fornecer as experiências que nós queremos. I Co 11:14.
  • Muitos sacrificam a bíblia pela experiência. Hoje, o cristianismo começa a se livrar de tudo o que o incomoda; mesmo que seja a PALAVRA DE DEUS; ao colocar uma etiqueta bíblica agradável sobre suas experiências, enganando facilmente os novos convertidos.
O Falar em línguas como sinal do Espírito Santo
A essa altura do estudo 3 coisas ficaram bem esclarecidas:


1.    falar em línguas não poderia ser dirigido aos homens, mas, unicamente a Deus. Caso isso acontecesse seria como !moeda falsa? 1 Co 14:2
2.    falar em línguas era sinal aos judeus incrédulos que a salvação agora estava aberta a !todos? os povos, raças, línguas.
3.    havia somente um dom de línguas e esse era um idioma conhecido (glossa).
Portanto como pode ser que hoje muitos ainda teimam em dizer que o falar em línguas é a prova do batismo com o Espírito Santo? A única utilidade das línguas foram como sinal da entrada dos judeus e não judeus (gentios) no corpo de Cristo 1 Co 12:13 .

Quando desapareceria o dom de línguas?
Em 1 Co 13:8 a 10 Paulo escreve:
havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá.
Como então dizer que o dom de línguas cessou logo após o pentecostes se os outros dois dons continuaram?
Simplesmente porque o Novo Testamento ainda não estava completo, e a profecias e a ciência eram necessários para seu término. Nossa fé é edificada sobre o fundamento dos profetas e apóstolos sendo Jesus Cristo a pedra angular. O conhecimento (ciência) e a profecia são parte da fundação, na qual ninguém pode acrescentar qualquer coisa mais.
Lendo devagar o versículo 8 temos: profecias !aniquiladas; línguas- cessarão; ciência ? desaparecerá. Agora lendo o versículo 9 temos: em parte conhecemos;
em parte profetizamos, cadê as línguas? Não estão no versículo ou seja o cessar das línguas não está amarrado à ciência ou a profecia ou com a vinda daquele que é perfeito. (vs 10)
O dom de línguas teve sua finalidade completa no Pentecostes e quando o fato dos judeus e gentios serem um só corpo do qual Jesus Cristo é o cabeça foi entendido e aceito e não mais contestado, o sinal foi retirado por não ser mais necessário.
Se interpretar que !o que é perfeito? é o Senhor Jesus Cristo nenhum dos três dons poderiam cessar até à volta de Jesus Cristo, mas lendo o versículo 13 temos: permanecem a fé, a esperança e o amor... em contraste com os três dons do versículo 10, permanecem mas após o que?
Ora a fé e a esperança desaparecerão quando da vinda de Jesus Cristo; o amor permanece porque é eterno. Essa é a ordem correta: o conhecimento e a ciência cessam quando a palavra de Deus revelada estiver completa (inteiramente revelada).
As línguas cessam quando sua finalidade fosse cumprida.
A fé e a esperança não cessam até a volta do Senhor Jesus Cristo.
O amor nunca cessará por ser a essência de Deus.

As sete colunas do Pentecostes

1. língua conhecida, idioma ! 1 Co 14:10; At 2:8

2. não deve ser dirigida aos homens ! 1 Co 14:2

3. deve ser dirigida somente a Deus ! 1 Co 14:2

4. não é sinal para crentes ! 1 Co 14:22

5. é sinal para judeus incrédulos ! 1 Co 14:21

6. sinal de julgamento para judeus incrédulos ! 1 Co 14:21

7. Não é para uso próprio mas em público na presença de judeus incrédulos a quem se destinou ! At 2:5; 1 Co 14:22

Autor: G. F. Randal

quinta-feira, 22 de março de 2012

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir” (Jo 10.10).


Há quem divulgue que o diabo é quem veio matar, roubar e destruir. Seria o diabo o ladrão que Jesus faz referência? É comum ouvirmos mensagens enfatizando que o diabo veio para matar, roubar e destruir a saúde, a família e as finanças do homem. Outros alegam que o diabo veio para matar, roubar e destruir a paz, a fé, a esperança, o amor, a salvação, etc., do cristão.
Seria isto verdade?
A bíblia nos garante que Cristo é a nossa paz, fé, esperança, amor e salvação. O diabo seria capaz de roubar, matar e destruir o cristão?
Após dizer aos escribas e fariseus qual era a sua missão, Jesus propõe uma parábola a eles. A missão de Jesus é clara: “Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos” (Jo 9.39). O que Jesus quis dizer com estas palavras, se Ele mesmo disse que a ninguém julga (Jo 8.15). Ora, os textos abordam aspectos diferentes da missão de Jesus. Quando Ele diz que ‘a ninguém julga’, evidência que o mundo já foi julgado e está sob condenação (Rm 5.18 ; Jo 16.11 ; Jo 3.18). E, quando Ele diz que ‘veio ao mundo para juízo’, demonstra que a sua presença neste mundo é cumprimento cabal das Escrituras.
Ora, o Bom pastor diz de Cristo, o Servo do Senhor, portanto, um homem. De igual modo, os que vieram antes de Cristo só podem ser homens e não o diabo. Ora, o diabo não é o ladrão, o salteador que a parábola apresenta diz dos lideres de Israel, homens que tinham a função de ‘cuidar das ovelhas do Pai’, porém, prevaricaram nas suas atribuições.
Jesus enfatiza que todos os que vieram antes d’Ele são ladrões, salteadores, mas as ovelhas não os ouviram (v. 8). Novamente Jesus identifica-se como a porta e faz um convite na condição de Bom Pastor: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (v. 9). Diversas vezes os fariseus leram acerca da porta que os justos deveriam entrar, mas diante da porta estavam como que cegos: "Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão" (Sl 118.20).
Por terem nascidos segundo a carne e o sangue de Abraão, consideram que já haviam entrado pela porta dos justos, porém, como não tinha a mesma fé que o crente Abraão que creu que no seu Descendente as famílias da terra seriam bem-aventuradas para ser justificado, ainda continuavam sendo filhos da ira e da desobediência, porque haviam entrado pela porta larga, que é Adão. Por terem entrado pela porta larga, que é Adão, os fariseus haviam se desviado desde a madre, em iniquidade e em pecado foram formados, de modo que estavam em igual condição a todos os homens (Sl 58.3; Sl 51.5; Sl 53.2 -3). Quando Jesus se apresenta como a porta, apresentou-se na condição de último Adão, a porta dos justos. Os fariseus rejeitaram a pedra de esquina, a vítima, a luz, o bendito que veio em nome do Senhor (Sl 118.1-29).
Enquanto os que vieram antes de Cristo somente roubavam, matavam e destruíam, Jesus contrasta a sua missão com a deles “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (v. 10). Por que eles eram ladroes? Porque eles eram obreiros da iniquidade, que se alimentavam do povo como se fosse pão “Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniquidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocaram a Deus” (Sl 53.4 ). Os lideres de Israel eram ladrões, salteadores por subtraírem a palavra de Deus que concede vida aos homens. Sob o pretexto de sacrifícios (orações prolongadas, jejuns, festas, dias, luas) extorquiam a casa dos necessitados (viúvas, órfãos) (Mt 23.14). ‘prolongadas orações’ é figura de sacrifícios, e viúvas e órfãos são figuras utilizadas para ilustras os necessitados, os pobres de espíritos. Quando os fariseus ensinavam que não era necessário aos filhos de Israel dar aos seus pais o que pediam sob o pretexto de que fora oferecido como oferta ao Senhor, criaram um subterfúgio para não observarem a lei que tanto idolatravam (Mt 15.5). Além de roubar, as palavras que proferiam eram palavras de morte, pois todos os que ingeriam os seus ‘ovos’, tornavam-se serpentes (Is 59.5). Todos que se tornavam prosélitos tornavam-se duas vezes mais filhos do inferno (Mt 23.15).
As ovelhas pertencem ao Pastor e o Pastor tem cuidado delas. Já o mercenário, por não ser o pastor, a quem as ovelhas pertencem, vê o perigo e o risco, mas não se interpõe de modo a proteger o rebanho. Diante do perigo, deixa as ovelhas e foge (Jo 10.12). Os lideres de Israel foram os responsáveis pela dispersão (diáspora) dos filhos de Israel por não acatarem o contido nas Escrituras e a maldição predita por Moisés sobreveio ao povo (Dt 29.27-28). Mesmo após terem percorrido o deserto sobre a liderança de Moisés, Deus já protestava contra eles que não lhes foi dado olhos para ver, ou seja, estavam cegos “Porém não vos tem dado o SENHOR um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje” (Dt 29.4).
O povo tornou-se comparável a ovelhas perdidas, pois deixaram o Senhor (lugar de repouso) e passaram a confiar na proteção oferecida pelas nações (montes e outeiros) vizinhas através de alianças "Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso" (Jr 50.6; Os 7.1 e 11 ; Sl 50.16-18).
Da mesma forma que os profetas falavam ao povo por enigmas e parábolas, Jesus retransmite a mesma mensagem demonstrando que haviam transformado a casa de Deus em uma ‘caverna de salteadores’, um ‘covil de ladrões’ "É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR" (Jr 7.11 ); "Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama as peitas, e anda atrás das recompensas; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa da viúva" (Is 1.23); "E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões" (Mt 21.13); "Como as hordas de salteadores que esperam alguns, assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho num mesmo consenso; sim, eles cometem abominações" (Os 6.9); "SARANDO eu a Israel, se descobriu a iniquidade de Efraim, como também as maldades de Samaria, porque praticaram a falsidade; e o ladrão entra, e a horda dos salteadores despoja por fora" (Os 7.1).
Como os lideres de Israel prevaricaram em suas atribuições, estavam surrupiavam o povo da Verdade que Deus lhes dissera. Em nenhuma das referências bíblicas do A. T. ha Deus fazendo referência aos demônios como os ladrões, ou salteadores, porque Deus trata na sua palavra com os homens e não com os demônios ou com os animais. O apóstolo Paulo é claro: Tudo o que a lei diz, diz aos que estão debaixo da lei (Rm 3.19), de modo que tanto os judeus quanto os gentios são escusáveis diante de Deus.
Do mesmo modo que o Pai conhece o Filho de modo que ambos são um, a igreja conhece o Pai e o Filho, pois em Cristo são um só corpo "E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um" (Jo 17.22). ‘Conhecer’ é o mesmo que tornar-se um (v. 15). Jesus foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel "E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 15.24), mas não ouviram aquele que se apresentou como descanso e refrigério ao cansado. Como não deram ouvido, o Bom Pastor lançou mão de ovelhas tiradas dentre os gentios. As ‘ovelhas que não são deste aprisco’ é uma referencia aos gentios que, após ouvirem a mensagem do evangelho, tornaram-se coerdeiros da mesma promessa (v. 16). Quando Jesus declarou que ‘Deus o amava’ em virtude de dispor da sua vida e que lhe foi dado autoridade para tornar a tomá-la, os judeus nada compreenderam e houve dissensão entre eles por causa destas palavras (v. 19). Uns passaram a dizer que Jesus tinha demônio e estava louco, enquanto outros consideravam que tais palavras não podiam ser de um endemoninhado, pois tinha poder de dar vista aos cegos (v. 21).
O diabo não pode roubar, matar ou destruir o corpo de Cristo Em primeiro lugar, vale destacar que é impossível ao diabo roubar o cristão, pois o cristão está escondido com Cristo em Deus, e esta é a certeza do cristão: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38-39); "Mas fiel é o SENHOR, que vos confirmará, e guardará do maligno" (2Ts 3.3).
Em segundo, lugar é impossível o diabo roubar a paz, a esperança, o amor, etc., pois as ‘qualidades’ enumeradas referem-se ao ‘fruto’ do Espírito, e não do cristão, de modo que é impossível ao diabo roubar a Deus “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22).
É o Espírito que produz amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança naqueles que estão ligados à Videira verdadeira (Jo 15.5). Ou seja, sem Cristo é impossível ao homem produzir fruto, pois Deus diz: “...de mim é achado o teu fruto” (Os 14.8).

Em terceiro lugar, quem veio matar, roubar e destruir não foi o diabo, como já demonstramos. Como o diabo roubaria aquele que está escondido com Cristo em Deus?

A parábola faz referência aos líderes de Israel quando fala do ladrão, portanto, é um erro aplicar a passagem de João 10, verso 10 como sendo o diabo o ladrão que consta na parábola.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O orrE

As pessoas estão preferindo amar o erro.
O crédito a mentira está comandando a vida das pessoas. Estão buscando a verdade conforme seus próprios interesses. Não querem a Verdade, querem palavras, situações que satisfaçam suas necessidades físicas e emocionais. Não querem o Deus Pleno, querem um deus. Não querem o Evangelho Pleno, querem palavras que aquietem suas mentes perturbadas... e nesta situação ocorre a “operação do erro.”( 2 Ts 2.11)
As pessoas optam em correr atrás do pecado e da mentira ao invés da verdade do Evangelho e recebem como paga não os benefícios de Deus, mas a “operação do erro.”
O próprio Senhor e Deus manda o juízo em forma de influência enganosa, de modo que eles continuarão a acreditar no que é falso. Estas pessoas aceitam o mau como bom, e a mentira como verdade.
Senhor nosso clamor continua: Revolve a lama, mostra os segredos malignos dos homens. Abre os olhos do seu povo. Amém.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cometi um crime ortográfico, e agora?


Não acredito! Minha própria filha me acusou: - Pai! Você escreveu “talves” e não talvez.

Meu mundo caiu.

Onde estaria este cadáver ortográfico, vou defenestra-lo, apagalo-ei, as ocultas trocarei o s pelo z ... não acho,  não sei onde está!

- Fiota, ninguém vai reparar, meus parcos leitores sabem que sou um escritor fracassado e que nunca ganhei um níquel por nenhuma linha. Eles sabem que não sou analfabeto.

-Oh, pai! Mas você é amigo do Beto.

- Claro do Beto Müller, que não sei por onde anda, do Beto Chibim, do Beto Canário que jogou na Caldense, agora o Beto Mansur nem sabe que eu existo.

- Certo, pai! Ocê já enrolou bastante, presta mais atenção, né?!

Se porventura em alguns dos meus escritos e recados estiver lá escrito “talves”, veja, leia e entenda “talvez.”

Peço perdão por este horrendo, e inafiançável mal estar ortográfico que causei.

Grato, filha. Às vezes você é mais homem que seus dois irmãos juntos (que eles não leiam isso)
Estendam sobre meu trabalho "...as destras, em comunhão..."

segunda-feira, 5 de março de 2012

Se você não for arrebatado, prepare-se!

1.-Prepare a mente para enfrentar os poderes das trevas.
2.-Prepare-se para orar sem cessar, a fim de não enlouquecer.
3.-Prepare-se para sofrer fome e sede, até o ponto da inanição.
4.-Prepare-se para sofrer denúncia e perseguição dos familiares, dos amigos e de todos os que renegarem a fé em Cristo.
5.-Prepare-se para os ataques de terror, que serão intermináveis.
6.-Prepare-se para ser atacado, física e mentalmente, por horrendas criaturas infernais, a serviço do Diabo.
7.-Prepare-se para depender de um sistema mundial de saúde, muito pior do que o SUS, aqui no Brasil.
8.-Prepare-se para presenciar, diariamente, mortes e assassinatos.
9.-Prepare-se para suportar todas as pragas do Apocalipse, as quais serão enviadas por Deus para castigar os incrédulos.
10.Prepare-se depressa, pois todos os sinais que Jesus mostrou, prenunciando a Sua Vinda, estão acontecendo rapidamente: pestes, secas, fomes, enchentes, terremotos, vulcões em erupção, apostasia e iniquidade generalizada causada pela falta de fé.
 
Paulo admoestou, na 1 Timóteo 6:9-10: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.